Ele é conhecido como um dos mais importantes em toda a história da arte holandesa, retratou uma ampla gama de temas em sua obra, mas o que realmente destacou esse artista foram suas observações perspicazes da sociedade humana.
E foi esse espírito que me fez observar The Night Watch com olhos deslumbrados. Alguns fatores cimentaram The Night Watch (TNW) como uma das maiores obras da história da arte, e muitas coisas tornam esta pintura interessante, mas uma a torna revolucionária e vem menos de seu assunto específico, e sim da maneira que o mestre escolheu para retratar o grupo. Em A Ronda Noturna, Capitão Banninck Cocq e dezessete membros de seus Kloveniers (guardas militares) encomendaram a obra e, como era de costume, as pessoas retratadas pagavam uma taxa baseada em sua proeminência na pintura.
Antes de mais nada, preciso dizer: a obra-prima tem um tamanho colossal, o que contribui para o seu drama, detalhes e singularidade. Muito embora os retratos da época costumassem destacar os personagens uniformemente, o revolucionário artista optou por um caminho distinto, e talvez essa seja a maior controvérsia.
Quando comparada com outros retratos de guardas cívicos, destaca-se significativamente pela sua originalidade, isto porque em vez de replicar o arranjo tipicamente estático – e, convenhamos, very boring –, o mestre anima seu retrato; o movimento e a ação da marcha, enfatizados pelo contraste, tornam a peça distinta, mas o artista teve que tomar uma decisão definitiva: em quem focar a partir da sua técnica.