O Hábito de Colecionar

Tenho uma verdadeira “obsessão” que é de levar comigo um pouco de tudo que vejo e vivo pelo mundo para dentro da minha casa. Alguns dirão que sou uma pessoa extremamente nostálgica mas, como gosto de dizer: minha casa precisa contar a minha história, a minha vida. Quem aqui entra sabe exatamente do que gosto, por onde estive, o que vivi.

Nada passa despercebido pelo meu olhar (ou seria pelo meu coração?).

Como uma fanática pela boa mesa, viajo pelo mundo conhecendo restaurantes e comidas maravilhosas. E, como recordação, trago comigo cardápios, guardanapos, ou qualquer outro artigo que só de olhar me teletransporte para aquela vivência. Viajar com esses artigos nem sempre é prático, mas  sempre dou o meu jeito e, chegando ao brasil, esses “souvenirs” ganham molduras e passam a habitar a minha casa nos lugares usuais mas, em sua grande maioria, em lugares inusitados.

Como a minha casa precisa refletir a minha história de vida, ela está sempre sofrendo mudanças. Meu sonho da biblioteca própria está em constante evolução, ganha novos álbuns, entra a cerâmica trazida da Itália, o artesanato trazido da África, uma recordação dada pelo meu pai por ocasião da minha formatura.

Não foram poucas as vezes que ouvi algum amigo me perguntar de que artista era determinada “obra” e, achando graça, respondo: “eu mesma”. Um bom exemplo dentre os vários: adoro Kit Kat e, sobretudo, provar os mais variados sabores que existem pelo mundo, e, com a embalagem que sobra, decidi fazer um quadro reunindo todos que já provei.

Outros objetos não necessariamente carregam alguma história mas me agradam esteticamente falando e aí, voilà: o saco de enjoo da cia aérea Vueling ganhou status de obra de arte.

Existem muitas formas de enxergar e se relacionar com a vida e eu escolhi a que mais me agrada: a minha própria, sem olhar para o lado.

Com carinho,

Maria Helena.